4 novas espécies de peixe foram descobertas em Fernando de Noronha
A ilha de Fernando de Noronha é lar de milhares de espécies, não é à toa que é considerada patrimônio natural mundial da humanidade! No entanto, um grupo de cientistas acaba de anunciar a descoberta de pelo menos 4 novas espécies de peixe. A boa notícia veio após uma expedição marítima realizada por cientistas brasileiros e norte-americanos, que também registraram 15 espécies pela primeira vez na região.

Liderada pela Associação Ambiental Voz da Natureza, com patrocínio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o grupo chegou a dedicar mais de 12 meses à taxonomia das espécies. A prática cataloga características morfológicas de outras espécies, para poder comparar e comprovar animais até então inéditos. As novas espécies descobertas são: o peixe gobídeo (Psilotris sp.), o peixe-pedra (Scorpaena sp.), o peixe-lagarto (Synodus sp.) e o peixe-afrodite (Tosanoides sp.).

Um dos objetivos da expedição era pesquisar a vida nas profundezas, já que Fernando de Noronha possui muitos recifes profundos e pouco conhecidos. Para isso, a equipe usou tecnologias de ponta para descer a 140 metros abaixo da superfície e observar a biodiversidade local. Quem chefiou a equipe foi Hudson Pinheiro, que é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN). Segundo ele, a pesquisa permitiu de fazer inúmeras descobertas. “Pudemos entender melhor os ecossistemas profundos da ilha, o seu estado de preservação, as ameaças e a relação entre a biodiversidade do fundo e do raso”, afirmou.

De acordo com o cientista, cerca de metade das espécies da ilha habitam nas profundezas. “Cerca de 50% das espécies que nós encontramos lá no fundo são registros novos para o arquipélago”, explicou. E para quem acha que precisa viajar longe para explorar diferentes ecossistemas, Pinheiro alerta que isso não é preciso. “O Brasil possui uma extensa e larga plataforma continental composta por grande diversidade de ecossistemas, como recifes de corais, montes e bancos submarinos, mas ainda assim a maior parte das unidades de conservação marinhas têm focado na proteção de ambientes rasos”, diz o cientista.






